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Estudantes americanos fazem intercâmbio sobre recursos hídricos na Secretaria de Estado do Ambiente

Estudantes americanos fazem intercâmbio sobre recursos hídricos na Secretaria de Estado do Ambiente

A realidade e os avanços na área de reuso de água no Estado do Rio, que se tornou uma prioridade governamental, foram apresentados nesta segunda-feira (25/05) na primeira reunião entre representantes da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e estudantes de mestrado da Southern California University (USC). Os alunos farão um intercâmbio de duas semanas no país, graças uma parceria entre a universidade e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O grupo, acompanhado pelo professor da USC Eric Heikkila, foi recepcionado pela subsecretária executiva da SEA, Isaura Frega, que destacou a prioridade dada pelo secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, na questão do reuso de água pelas indústrias como uma das medidas para reforçar a segurança hídrica do estado.

O diretor internacional da FGV, Bianor Cavalcanti, ressaltou o trabalho técnico desenvolvido nos últimos anos pelos técnicos brasileiros para proporcionar o arcabouço institucional da gestão de recursos hídricos no Brasil:

- Houve um grande esforço no desenvolvimento de instituições na área de gestão de recursos hídricos e o Inea é uma organização estadual muito importante nesse sentido, por reunir diferentes setores e proporcionar estabilidade para os técnicos que atuam nesse campo – afirmou.

O consultor Luís Prado apresentou um panorama da questão do reuso de água e aspectos da experiência de outros países, como Estados Unidos e Alemanha, que possuem extensas legislações. De acordo com o consultor, apesar da ausência de conscientização sobre fatores relevantes para a disponibilidade de água, como a mudança climática, nos últimos anos surgiram incentivos para a aplicação de recursos no reuso, como o aumento do custo do abastecimento e o crescimento da oferta de equipamentos específicos.

A superintendente de Articulação Institucional da SEA, Rosa Formiga, destacou as características próprias do estado do Rio que levam à necessidade de adoção de alternativas, como, por exemplo, a dependência de água de uma bacia que abrange também os estados de São Paulo e Minas gerais, e a ausência de fontes de abastecimento nas proximidades da Região Metropolitana, que utiliza água do Rio Paraíba do Sul.

- Além destes fatores, tivemos a mais grave crise hídrica dos últimos 85 anos, o que tornou ainda mais prioritário o reuso da água para fins industriais – disse a superintendente, acrescentando que está sendo discutida também a regulamentação desta alternativa.

De acordo com Claudia Tavares e Erica Cantanhede, da Diretoria de Licenciamento do Inea, mesmo sem uma legislação específica, os licenciamentos ambientais desde 2003 já incluem entre as condicionantes o reaproveitamento da água para fins industriais, como no caso do Comperj, um dos maiores empreendimentos em andamento no estado e que prevê que toda a água deverá ser de reuso, com a exceção da utilizada para consumo humano. Outras empresas, como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) já utilizam 92% de água de reuso em seu processo industrial.

O professor Eric Heikkila, da USC, explicou que os nove estudantes, que estão cursando o equivalente ao mestrado em áreas como Administração Pública, Políticas Públicas e Planejamento, deverão ficar no país durante duas semanas e farão relatórios que serão encaminhados à Secretaria, incluindo dados sobre a experiência de reuso em outros países. Os alunos também deverão visitar estações de tratamento de água e esgoto da Cedae e a sede da Firjan. Na próxima sexta-feira (29/05) haverá uma nova rodada de apresentações e troca de experiências com representantes da SEA e Inea, coordenada pelo superintendente de Território e Cidadania da SEA, Bruno de Hollanda, e por Rosa Formiga.

Fonte: Ascom SEA/Inea

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