Quando houve a desapropriação do conjunto de imóveis conexos ao Hospital Geral José Fonseca, ficou latente na preocupação dos historiadores, memorialistas e afeitos à cultura em Valença, que destino estaria resguardado ao prédio do século XIX que abrigou o antigo hospital e onde se encontra valiosa pinacoteca dos barões-provedores. Em seguida, matéria de Marcela Giesta obteve em primeira mão, a intenção do Estado de devolver de alguma forma o antigo hospital para Valença. E agora, com a visita e inspiração articuladora do Deputado e líder do Governo, André Corrêa, artífice do novo hospital e agora do novo museu, da secretária de Cultura do Estado, Adriana Rattes, e da vice-primeira-dama e produtora cultural, Maria Lúcia Jardim, o projeto começa a se delinear.
Recepcionados por Luiz Sérgio Leite Pinto, provedor da Santa Casa; Adriano Novaes e Sônia Rachid, da representação do Inepac em Valença; João Ewerton, secretário municipal de Cultura e Turismo; Chico da Folia, presidente do Conselho Municipal de Cultura; Gilberto Monteiro, presidente da Fundação Casa Léa Pentagna; Hélio Suzano Junior, representando a Fundação Educacional Dom André Arcoverde; e o jornalista Gustavo Abruzzini, pesquisador e editor do Jornal Local, dentre outras pessoas interessadas na história e na cultura do município, a delegação do governo do Estado ficou conhecendo as instalações, sobretudo, o salão nobre onde se encontra a pinacoteca, a capela de Santa Isabel e o acervo ligado à memória hospitalar, apresentado pela senhora Beatriz de Oliveira.
Em seguida, no auditório, os presentes tiveram oportunidade de ouvir as opiniões acerca das possibilidades que se projetam para o imóvel do secular hospital da Santa Casa. André Corrêa destacou a carência do município por um museu que pudesse congregar os demais que encontram grandes dificuldades e a oportunidade que se descortinava. A secretária Adriana Rattes falou de sua visão de gestão cultural do Estado no sentido de agregar maior valor cultural às ações e da necessidade de as cidades obterem equipamentos para usufruir plenamente das produções culturais que só não chegam por falta de espaço e condições adequadas. Afirmou que, hoje, os museus precisam ser vivos – grandes centros culturais. Considerou que o espaço “grande e generoso” com tudo para ser um museu porque se tem muita história para contar.
Depois de ouvir diversas observações dos presentes, a se destacar a intervenção do professor Mário Affonso Carneiro acerca da identidade cultural da região, ficou definido que a secretaria de Cultura do Estado daria início a estudos de viabilização do museu/centro cultural e que uma comissão local manteria o elo de apoio e ligação neste momento. A comissão ficou constituída do secretário municipal, João Ewerton; do historiador e técnico do Inepac, Adriano Novaes; do professor Gilberto Monteiro e do jornalista Gustavo Abruzzini.
Fonte: Jornal Local – Valença (RJ)
