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EcoModa mostra coleção outono-inverno 2016 no Fashion Business Rio

EcoModa mostra coleção outono-inverno 2016 no Fashion Business Rio

Projeto de moda sustentável da Secretaria de Estado do Ambiente divide espaço com grifes consagradas no maior salão de negócios do país

O projeto EcoModa, da Secretaria de Estado do Ambiente, dividiu o espaço com as mais importantes grifes brasileiras num dos maiores eventos da indústria da moda do país. Quem visitou o Fashion Business, que terminou nesta quinta-feira (29/10) no Armazém 2 do Pier Mauá, na Zona Portuária carioca, conheceu a coleção outono- interno 2016 da Blue Man, Mara Mac, Mary Zaide, Marcos & Rudy, Rosana Bernardes, Totem e Victor Dzenk, mas também pode conferir 120 peças de moda sustentável confeccionadas com banners, mangueiras, restos de tecidos, jeans usados e outros materiais que normalmente iriam parar no lixo.
 
“Ocupar um stand ao lado de grifes consagradas no mercado da moda é o reconhecimento de um projeto que associa inclusão social, geração de renda e educação ambiental, desenvolvido pelo governo do Estado junto à parcela da sociedade, que precisa se conscientizar das questões ambientais e, ao mesmo tempo, ser inserida no mercado de trabalho” – festeja o estilista e coordenador do EcoModa, Almir França.
Na coleção que chamou a atenção dos visitantes, peças de vestuário, acessórios e sandálias, produzidas com mangueiras de incêndios que foram substituídas nas estações do metrô carioca e foram cedidas ao projeto. Na avaliação de Almir França, a exposição no principal salão de negócios do país, que atrai compradores brasileiros e do exterior, é uma demonstração de que “é um produto vendável e pode garantir seu espaço no mercado formal”.
 
Na carona do milionário universo fashion, o coordenador do projeto EcoModa costura um raciocínio que coloca a sustentabilidade em primeiro plano na construção de uma nova mentalidade para a indústria do vestuário. “Hoje, existem novos conceitos e texturas, e a indústria têxtil se transformou numa gigantesca fonte de contaminação, não só pelos teares industriais, mas, também, pela produção de estamparias”.
 
Esse momento, na opinião de Almir França, favorece o desenvolvimento de iniciativas como o projeto EcoModa, que estimulam o reaproveitamento de matérias-primas. “O momento pode consolidar o diálogo que perseguimos entre a educação ambiental e a indústria da moda” – aposta o estilista, acrescentando que “não se pode comprar uma roupa nova todo dia”.
 
E num cenário de situação econômica adverso, o secretário de Estado do Ambiente, André Corrêa, destaca a importância do projeto. “O reaproveitamento é capaz de sustentar os negócios do setor, sem necessariamente aquecer a febre do consumo desenfreado, uma vez que, o mundo da moda está em permanente transformação. E o conceito de reaproveitamento do projeto EcoModa alimenta essa mutação, transformando em roupas e acessórios materiais descartados, muito frequentemente de maneira inadequada”.   
 
Almir França aproveitou a oportunidade de mostrar o seu trabalho entre tantas etiquetas consagradas para defender a valorização desse trabalho executado em comunidades mais carentes do Rio de Janeiro. Ele propõe também uma mudança de comportamento, mostrando a realidade do potencial consumidor inserido no conceito de reaproveitamento.
 
“Enquanto você não disse que o presente de aniversário da criança vai ser um carrinho de madeira, ele vai continuar sonhando com o tablet” – adverte Almir França, lembrando que a valorização dessa produção é capaz de fazer frente à massificação da mensagem veiculada na mídia, segundo à qual “a felicidade está no tablet”.

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