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O Rio está na moda

O Rio à Porter, braço de negócios do Fashion Rio, superou a previsão de alta no faturamento, de já otimistas 10%. Mais que o dobro do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País no ano passado. O resultado foi, literalmente, melhor do que a encomenda, com a presença de compradores de mercados de ponta, que ditam estilos, como o Japão, a França e o Reino Unido. Não é um fato isolado, mas uma comprovação de uma onda positiva sinalizada pela atração de investimentos: o Rio está na moda.

A indústria da moda fluminense cresceu 130% na última década. Nas exportações passou para 13,27% ante 3,59% em 2001. Desde 2006, o Estado é o terceiro no ranking nacional, enquanto os dois primeiros colocados, Santa Catarina e São Paulo, decresceram 52,33% e 20,34%, respectivamente, no mesmo período. Por uma série de fatores, em que a valorização do real e a concorrência chinesa ocuparam papel de destaque, o déficit comercial do setor bateu US$ 5 bilhões.

Presentes ao Fashion Rio, representantes da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABit) identificaram no estado uma capacidade de apontar tendências muito além das passarelas. Aguinaldo Diniz Filho, presidente da entidade, um dos parceiros do evento carioca, destacou a criatividade das empresas presentes em superar o ‘custo Brasil’.  Para ele, a prova de que inovar é o caminho, ainda mais se acompanhado de incentivos do governo.

O exemplo do Estado do Rio serve de lição para os desafios das tecelagens e confecções brasileiras. Ao reduzir drasticamente a tributação sobre a cadeia produtiva da moda, o Rio reverteu um esvaziamento que se revelara agudo na década de 90.

Com o ICMS decolando para 19%, dezenas de confecções tiveram como única saída o Galeão.  A moda carioca, que alcançara 21% de participação no mercado nacional nos anos 80, caíra para menos de 3% nos anos 90. Tudo por conta de uma política fiscal equivocada.

A Lei da Moda, de 2003, mudou o panorama: com cerca de três mil empresas, os 10 polos de confecção do estado geram 51 mil empregos diretos na indústria, e mais de 90 mil no total. A cadeia da moda - setores têxteis e de confecções de couros, peles, calçados, artefatos e artigos de joalheria, ourivesaria e bijuteria -, antes tratada como supérfluo e onerada com alta carga tributária, passou a contar com regime especial, recolhendo 2,5% de ICMS sobre o faturamento mensal.

Sábia decisão. Beleza e estilo são gêneros de primeira necessidade em metrópoles que ditam tendências. Estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mostra que a cadeia criativa fluminense, envolvendo indústria, comércio e serviços, registrou, em 2010, 974 mil trabalhadores, 24% dos empregos com carteira assinada do estado.

Arquitetura, Moda e Design empregavam conjuntamente, em 2010, cerca de 800 mil trabalhadores no estado. Informalidade, só no estilo, não nas relações de trabalho: o número de carteiras assinadas nessas três áreas da economia criativa subiu 26% no período de 2006 a 2010, e a renda dos trabalhadores aumentou 76%. O Estado do Rio apresenta, ainda, a maior remuneração média do país paga a profissionais da economia criativa: R$ 3.014. Para esse círculo virtuoso da prosperidade, a Lei da Moda teve papel decisivo.

A hora é de consolidar essa conquista, estendendo a duração do benefício, fixado de início até 2013. A aprovação da lei assegurou a manutenção de milhares de empregos no estado, sobretudo a mão-de-obra feminina. Agora, é hora de sua renovação. O governador Sérgio Cabral enviará mensagem à Alerj no início deste ano: não só a lei será prorrogada, como aperfeiçoada. Renda em alta e empregos de qualidade, no Rio, permanecerão na moda.

Deputado André Corrêa-Líder do Governo

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