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Parque Estadual da Pedra Branca ganha novos atrativos para visitantes e pesquisadores

Parque Estadual da Pedra Branca ganha novos atrativos para visitantes e pesquisadores

Trilha do Mel abriga 14 espécies de abelhas nativas da região em 30 colmeias ornamentais

O secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, inaugurou, nesta sexta-feira (8/7) dois novos atrativos para os visitantes do Parque Estadual da Pedra Branca: um bromeliário sustentável e a trilha do Mel, com 30 colmeias ornamentais. A unidade de conservação, administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em Vargem Grande, Zona Oeste, também foi presenteada com uma placa que conta a história da comunidade quilombola local, Cafundá Astrogilda, além de uma guarita, reformada em mutirão com os quilombolas.

Durante visita à comunidade quilombola, o secretário André Corrêa destacou o simbolismo da nova placa informativa sobre a história da comunidade Cafundá Astrogilda, que formaliza o trabalho de integração e mobilização ambiental que vem sendo feito na região:

“Hoje temos uma mudança de postura do poder público em relação aos caiçaras e quilombolas. A comunidade Cafundá Astrogilda possui uma história cultural riquíssima e vivia ali muito antes do poder público criar o parque. Eles mantêm projetos agroflorestais sem degradar, com vários produtos orgânicos cultivados e em perfeita harmonia com a natureza. Hoje, estamos de fato reconhecendo eles como parceiros para trabalharmos juntos, para ajudar a gente a proteger. Vamos manter esse diálogo sempre aberto”, afirmou o secretário.  

Integrantes da comunidade quilombola, residente no parque estadual, ofereceram um café da manhã da roça, com produtos orgânicos cultivados em harmonia com a floresta, e presentearam o secretário contando a sua história em um belo cordel.

Após o encontro, os visitantes e guarda-parques caminharam em meio a Mata Atlântica até a entrada da Trilha do Mel, local onde foi instalado o novo bromeliário sustentável.

O bromeliário possui duas importantes funções: educativo, recebendo visitas guiadas de alunos da rede pública, e científico, pois possui uma espécie de bromélia que é endêmica do parque (Neoregelia camorian). A estrutura, que abriga diversas bromélias, foi construída com material oriundo das torres de transmissão de energia da Empresa Furnas, parceira do projeto.

Outra novidade anunciada foi a abertura da trilha do Mel, concebida para proteger e expor abelhas nativas da Mata Atlântica. Os participantes percorreram a trilha, de aproximadamente 300 metros, observando e aprendendo sobre as espécies de abelhas dispostas em 30 colmeias ornamentais construídas em forma de casa. A trilha começa no bromeliário, situado na sede do Parque (Núcleo Pau da Fome) e termina na trilha do Rio Grande. A iniciativa tem caráter educativo e científico. O Parque Estadual Pedra Branca (PEPB) abriga 14 espécies de abelhas nativas da Mata Atlântica. As novas instalações são fruto de uma parceria com a empresa Furnas e a ONG Natureza Doce.  

“Essa ação de hoje reflete esse nosso desejo de fazer uma integração cada vez maior com a sociedade. Temos que mudar esse pensamento de que nada pode e chamar as pessoas para dentro, para conhecerem o parque. A melhor forma de proteger é conhecer e usufruir de forma controlada. Esses postos de colmeia vão ser mais um instrumento de educação ambiental. Esperamos intensificar cada vez mais esse trabalho de educação informal com a garotada, de forma viva e presente”, ressaltou o secretário.  

Um dos guarda-parques que atuam na unidade de conservação do Inea detalhou uma série de atrativos naturais que o parque pode oferecer aos seus visitantes:

“Temos diversas trilhas, inclusive temos o livro Guia de Trilha do Pedra Branca que é disponibilizado gratuitamente no site do INEA, quem quiser pode baixar pela internet. Esse Guia tem mais de 200 trilhas daqui da região; temos muitos mirantes, picos que podem ser visitados e uma diversidade de cachoeiras e travessias. O parque é aberto à visitação. É importante que as pessoas venham, conheçam esse bem natural e nos ajudem na preservação”, disse o guarda-parque.

Com 12.500 hectares de área, o Parque Estadual da Pedra Branca é considerado a maior reserva florestal em área urbana do mundo, servindo de abrigo a uma rica fauna, composta por pacas, cotia, jacus, tatus e outros animais silvestres. O parque foi criado por lei estadual em 1974, com o objetivo de preservar o patrimônio natural em uma região central do Município do Rio de Janeiro.

Comunidade Quilombola Cafundá Astrogilda

A Comunidade Cafundá Astrogilda, em Vargem Grande, nasceu há mais de dois séculos, mas apenas em 2014 foi reconhecida pela Fundação Palmares, instituição pública-federal voltada para promoção da arte e cultura afro-brasileira. O A origem do nome é uma homenagem à matriarca do lugar, Dona Astrogilda, e referência a expressão Cafundá (variação da palavra cafundó) que quer dizer lugar ermo, distante. Os quilombolas integrantes da comunidade praticam a agricultura familiar visando à produção de alimentos, plantas medicinais e a criação de animais, cultivando a sua cultura e promovendo uma maior integração entre campo e cidade.

De acordo com a Fundação Cultural Palmares, há mais de 1.500 comunidades quilombolas no país hoje, sendo apenas quatro na cidade do Rio de Janeiro. Dessas, duas estão no Parque Estadual da Pedra Branca: a Camorim— Maciço da Pedra Branca, no Camorim, e a Cafundá Astrogilda, em Vargem Grande. As outras estão na Pedra do Sal e na Sacopã.

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