Este artigo foi escrito especialmente para o site do Deputado André Corrêa pela Jornalista Hildegard Angel, a quem agradecemos pela contribuição.
Com sua sensibilidade de representante dos anseios do povo fluminense, o deputado André Corrêa ‘costurou’ a Lei nº 6331, propondo tributos especiais para todo aquele universo de fabricantes de roupas, acessórios, aviamentos e produtos têxteis em geral no Estado do Rio de Janeiro.
Atentos ao fato de que a moda é uma atividade fundamental, não apenas na geração de empregos, como também porque reflete a vocação da economia criativa do Rio de Janeiro, seus companheiros da Assembleia Legislativa aprovaram a lei proposta, que logo mereceu a sanção do governador Sérgio Cabral.
Por tudo que o Rio de Janeiro significa como referência histórica, artística e cultural do país, nacional e internacionalmente, o Rio é moda e está na moda. Sempre.
O Rio forma opinião na moda. A moda criada aqui repercute, irradia, contagia, se multiplica em influências. Nossa moda gera negócios, significa divisas.
A moda, contudo, é uma atividade que foge ao perfil frio das demais indústrias e do perfil meramente financista do comércio em geral. Porque é arte em sua origem, é volátil em sua temporalidade. Muitas vezes, um lançamento resiste menos do que ao tempo de uma estação. E, com a nova voga da ‘fast fashion’, sequer aos breves quatro meses de uma estação do ano ela resiste. Moda com pressa, moda consumida rapidamente, para se consumir mais.
A moda é exigente, é exibicionista e, assim como seu consumidor, é caprichosa. Cada coleção e cada lançamento pedem bela apresentação, vitrines, catálogos, embalagens, anúncios, desfiles, books. Se comprar moda, às vezes, é caro, realizá-la também é. E bastante!
Daí que a Lei André Corrêa de Estímulo à Moda, com essa providencial redução de dois e meio por cento do ICMS, é recebida pela comunidade da moda sob aplausos, e de pé!
Era tudo de que necessitava esta atividade produtiva.
Assim como é importante, no entender do Instituto Zuzu Angel, que o Rio de Janeiro, o Estado vocacionado para a moda, irradiador da moda, seja o primeiro a constituir o Museu da Moda no país, com todo o apoio de nosso Legislativo para isso.
O Museu da Moda confere o devido patamar de importância à atividade, confirmando-lhe a eficiência histórica como instrumento cultural e de memória. Prestigiando este fundamental braço da economia criativa do país, estaremos fazendo o mesmo que Estados Unidos, Japão e todos os países europeus, que homenageiam a moda em importantes museus e outros equipamentos culturais.
É fundamental unir as forças de nosso legislativo a esta ação conjunta, com vistas à viabilização deste museu no Rio, desenvolvida há quatro anos pela Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, tão bem conduzida por Adriana Rattes, com o Instituto Zuzu Angel, que há 20 anos atua numa captação continuada de um acervo de moda junto a colecionadores particulares.
Nosso propósito e empenho é pelo reconhecimento e apoio a esta luta abnegada e única pela constituição da memória brasileira através da Moda, com a criação do Museu da Moda, em uma atuação amiga, unida e obstinada da Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro juntamente com o Instituto Zuzu Angel, detentor e curador do acervo.
O futuro Museu da Moda tem também como proposta apoiar e incentivar a Indústria Têxtil Brasileira, sobre a qual a lei nº 6331 trata com veemente atenção. Este processo irá desde o segmento de fios, passando pela tecelagem, aviamentos, confecção, chegando ao lojista e ao consumidor final.
O Museu da Moda se preocupará em dar espaço a novos talentos, à comercialização de produtos, à pesquisa e ao desenvolvimento de novas matérias-primas. Acreditamos que boa parte do público visitante, que não será diretamente ligado à Moda, compreenderá a grande importância desta para a economia do país. Será mostrado ao mundo o quanto a Moda brasileira possui potencial, criatividade e qualidade.
No Rio de Janeiro, o Instituto Zuzu Angel criou, formatou e lançou o primeiro curso superior de moda do Estado, no ano de 1995. Hoje, são cerca de 200 escolas superiores de ensino de Moda no país, com olhares distintos, o que significa que, a cada semestre, o Brasil coloca no mercado milhares de novos profissionais.
O Museu da Moda, a primeira instituição cultural do gênero no país, será um ponto de congraçamento e de referência para este mercado nacional que cresce em ritmo de progressão geométrica. E mais: haverá compartilhamento de ideias com museus internacionais - e por que não com escolas de moda do mundo inteiro?
Hildegard Angel
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