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Estudantes e moradores plantam mudas da Mata Atlântica em comunidade quilombola de Petrópolis

Estudantes e moradores plantam mudas da Mata Atlântica em comunidade quilombola de Petrópolis

Organizado pelo Inea, reflorestamento é para o cultivo de frutas e garantir renda aos moradores do Quilombo da Tapera, do Vale do Cuiabá

Cerca de 70 voluntários e alunos da Escola Municipal Dr. Teodoro Machado, no Vale do Cuiabá, participaram de um mutirão para o plantio de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica no Quilombo da Tapera, no Vale do Cuiabá, em Petrópolis.  Na área reflorestada será cultivado um pomar para a geração de renda na comunidade quilombola. Foram plantadas mudas de ingá, pitanga e cabeludinha, entre outras árvores frutíferas típicas do bioma.

Iniciativa do projeto Rios da Serra, desenvolvido com o apoio do Viva Rio Socioambiental, o mutirão recebeu mudas cedidas pela Superintendência do Piabanha do Instituto Estadual do Ambiente (Suppib/Inea). A atividade também foi animada com uma roda de capoeira e ganhou o tempero de uma exposição de antigas receitas quilombolas, com direito a degustação de bolinhos de chuva de banana, guloseima típica do Quilombo de Tapera. 

Outro destaque foi a exposição de fotos do quilombo, antes e depois de 2011, quando a comunidade da Tapera foi reconhecida como quilombola pela Fundação Palmares. As famílias que vivem no local são descendentes de escravos da antiga Fazenda Santo Antônio, patrimônio preservado do século XVIII, que aparece em várias passagens da História do Brasil, do período colonial à República.

A diretora da Escola Municipal Dr. Theodoro da Fonseca, Márcia Paula Pinheiro, se entusiasmou com a atividade, que para ela, reforça o aprendizado das crianças mais com práticas extracurriculares. “Fizemos uma junção de aula sobre afro-descendentes com o meio ambiente. Temos que valorizar a Serra, e nada melhor do que trazer para um lugar como este, para preservarmos a cultura e a natureza da região”, afirmou.

Adão Cassiano, líder comunitário do quilombo, acredita que o mutirão vai gerar emprego e renda para os moradores. “É importante para nós cultivar e produzir alimentos, não só para Petrópolis” – comemora.

Os alunos que participaram do mutirão são do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, com idade entre 11 e 16 anos. Gabriela Costa, de 15 anos, aprovou a iniciativa. Ela acredita que cada um pode ajudar fazendo sua parte. “Estamos fazendo uma ação que faz as pessoas ao nosso redor se sentirem melhor”, disse a estudante, que plantou uma muda de pitanga.

A educadora ambiental da Suppib/Inea Maysa Henriques explicou que o mutirão foi organizado a pedido dos moradores. “Plantamos 16 mudas, mas trouxemos 250. A intenção é trazer um pomar de árvores frutíferas, que começam a ser cultivadas hoje, mas devem ser preservadas para sempre.”

Segundo o coordenador local do Viva Rio Socioambiental, Rafael Oliveira, a ação reuniu o passado e o presente, em uma comunidade quilombola que preserva costumes e hábitos dos seus descendentes. “É uma forma de integrar a comunidade do Vale do Cuiabá com Petrópolis, e mostrar como esse espaço é rico em natureza.”

Também apoiaram o mutirão o Grupo Petrópolis e a concessionária Águas do Imperador, que fez a limpeza de fossa-filtro da comunidade.

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