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Secretaria do Ambiente anuncia programa socioambiental em mais de 20 comunidades de Niterói e na Rocinha, no Rio de Janeiro

Secretaria do Ambiente anuncia programa socioambiental em mais de 20 comunidades de Niterói e na Rocinha, no Rio de Janeiro

Projeto Niterói Ecocultural tem como meta capacitar 750 alunos da rede pública de ensino em cursos sobre moda, música e design sustentável

O secretário de Estado do Ambiente, André Corrêa, anunciou nesta segunda-feira (9/11), no  Museu Janete Costa de Arte Popular, o Projeto Niterói Ecocultural, de capacitação em aproveitamento integral de resíduos sólidos, destinado a alunos da rede pública de ensino. O projeto vai incluir aulas de moda, de música e design sustentável, com o ensino de técnicas de confecção de roupas, acessórios e produção de instrumentos musicais feitos a partir de materiais que iriam para o lixo.

Com a meta capacitar 750 alunos em 23 comunidades de Niterói e na Rocinha, no Rio de Janeiro, em 2016, o projeto será dividido três em vertentes; o Ecomoda, o Ecomúsica e o Ecodesign. A iniciativa é fruto de uma cooperação firmada entre a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e a Prefeitura de Niterói, através da FAN (Fundação de Arte de Niterói), com recursos de R$ 1.7 milhão do Fecam (Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano).

Com instrumentos sustentáveis e muito gingado, o grupo musical Ecomúsica abriu o evento em ritmo de funk, arrancando fortes aplausos do público presente.

“O Ecocultural tem o objetivo central de juntar cultura e meio ambiente, envolvendo, sobretudo, a juventude das comunidades para evitar que o lixo chegue aos rios e a Baía de Guanabara, com uma linguagem que a garotada entende, do funk, da moda. Esse projeto é piloto, e o próximo passo é entrar na Rocinha”, disse o secretário do Ambiente André Corrêa.

Com aulas teóricas e práticas, os estudantes vão aprender a fabricar instrumentos musicais e confeccionar roupas e acessórios, a partir do reaproveitamento de materiais descartados. Além de contribuir com a preservação do meio ambiente e a diminuição da produção de lixo, prevenindo enchentes e deslizamentos de encostas, os cursos promovem a inclusão social e geração de renda aos jovens em situação de vulnerabilidade social.

Ao lado do secretário do Ambiente, o vice-prefeito de Niterói Axel Grael ressaltou a importância do projeto para ampliar o engajamento da população na destinação correta do lixo “ao levar a cultura como um instrumento de mobilização das pessoas pelo meio ambiente”. Também presente na cerimônia, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, destacou o apelo do projeto em capacitar e ao mesmo tempo evitar prejuízos ao meio ambiente.

Coordenado pela percussionista Regina Café, o Ecomúsica vai capacitar, ao longo de 12 meses, 250 jovens distribuídos em turmas de 30 a 35 alunos. De acordo com a coordenadora os alunos receberão aulas de música, aguçando a percepção rítmica e estimulando a composição de letras e melodias, além de serem estimulados a fabricar os próprios instrumentos de percussão. As inscricões começam em dezembro e as aulas em janeiro de 2016.

“A proposta é formar esses jovens para que sejam multiplicadores do conhecimento em suas comunidades e escolas. Vamos absorver jovens entre 13 e 26 anos. Ele não precisa ter qualquer conhecimento musical, mas é preciso que tenha vontade de trabalhar com música e meio ambiente. Ele não vai ser simplesmente um músico, ele vai ser um agente ambiental capacitado em música.”, explicou Regina Café.

O superintendente regional do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Paulo Cunha, acrescentou que os núcleos do Ecocultural ainda vão promover oficinas abertas a comunidade para difundir os conceitos e ensinar técnicas de reciclagem aos moradores.

“Esse projeto é fundamental para que se crie uma nova cultura nessas comunidades quanto a questão do tratamento de resíduos. Queremos que as pessoas entendam que essa destinação correta pode inclusive se tornar uma fonte de renda. É importantíssimo que as comunidades entendam que podem reter esse lixo para reciclagem e, assim, ele não irá parar na Baía de Guanabara”, destacou o superintendente do Inea.

Para encerrar com chave de ouro a cerimônia de lançamento, alunos do Projeto Ecomoda realizaram um desfile sustentável no salão do Museu Janete Costa, na região Oceânica de Niterói.

“O Ecomúsica, o Ecomoda e o Ecodesign estão dentro desse “guarda-chuva” maior, que é o Ecocultural. Esse projeto será multidisciplinar e interdisciplinar. Para se ter uma ideia vamos trabalhar a mesma temática na moda, na música e no design. A borracha que chegar, por exemplo, será usada na produção de instrumentos musicais, roupas e no design de interiores. Vamos estar experimentando uma nova metodologia.”, disse o estilista e coordenador do Ecomoda, Almir França.

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