Para um estado cuja capital tem a fé como seu símbolo maior, personificada no Cristo Redentor, a escolha pelo Papa Bento XVI do Rio de Janeiro como sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013, maior evento religioso do mundo, é tão significativa quanto os anúncios de que o Rio seria a sede da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. Mais do que demonstrar a vocação de cidade moderna, acolhedora e alegre, vamos ter a chance de mostrar que a população fluminense, e o brasileiro de uma maneira geral, possui firme laço com a família. Ligação, essa, fincada nas raízes de centenas de igrejas que estimulam a reflexão e celebram a vida.
A jornada do Brasil, que figura entre os países com maior número de católicos no mundo (73% da população), será um marco para a evangelização da juventude, alertando-a contra descaminhos como drogas, violência, pornografia, consumismo desenfreado, perda dos valores familiares... Não se trata apenas de uma celebração religiosa de milhares de jovens de diversas nacionalidades, mas uma rara oportunidade de propormos à sociedade refletir sobre suas escolhas, dialogar e trocar experiências.
A meta é superar a JMJ de Manila, nas Filipinas, em 1995, que reuniu quatro milhões de jovens. Portanto, teremos mais gente no encontro da juventude com o Papa do que na Copa do Mundo. A julgar pelo êxito da última edição, realizada este ano em Madri, na Espanha, a jornada que acontecerá no Rio provavelmente superará todas as expectativas, e a cidade tem de estar preparada para ser uma anfitriã exemplar. Os governos federal, estadual e muncipal, a CNBB e a Arquidiocese do Rio têm a consciência da grandiosidade do evento e já se mobilizam para que a cidade esteja pronta daqui a um ano e meio para receber o Pontífice Bento XVI e jovens católicos dos mais variados continentes.
O Brasil, e em especial o Rio de Janeiro, vive um ciclo virtuoso, em que os índices econômicos, sociais e de segurança são positivos, fato que ajudou a trazer a Jornada Mundial da Juventude para o estado, em que derrotamos um forte concorrente, Seul, na Coréia do Sul. Sendo assim, o Rio terá uma oportunidade única de usufruir dos benefícios econômicos de um evento dessa escala, bem como refletir sobre valores, princípios e a sempre necessária evolução espiritual. Enfim, o Rio estará, literalmente, de corpo e alma nessa jornada dos jovens com o Papa.
Deputado Estadual André Corrêa –
Um dos criadores da Comissão Especial da Alerj de Acompanhamento da Realização da JMJ no Rio
