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Obras de saneamento de Barra Mansa serão retomadas em breve

A construção das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) Ano Bom e Saint-Gobain estão paralisadas há aproximadamente oito meses. Uma empresa mineira responsável pelas obras abandonou o serviço e, por isso, é preciso uma nova licitação para dar continuidade ao projeto. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) aguarda o fim da greve dos bancários para dar início ao processo licitatório e retomar as construções, que devem ser concluídas em até dois anos.

As duas estações são provenientes da verba de R$ 52 milhões do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam).

Além delas, será construída a ETE Saudade, com parte do recurso de R$ 89,2 milhões derivado do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), do Governo Federal. O contrato referente à liberação de verba para projetos de saneamento básico, assinado no início de setembro pelo prefeito Jonas Marins (PCdoB), é o maior já registrado até hoje pela Caixa Econômica Federal (CEF) em todo o Médio Paraíba.

“A ETE Saudade terá capacidade de tratar 180 litros de esgoto por segundo, atendendo às macro regiões (Vila Nova, Vila Maria e Colônia), beneficiando cerca de 60 mil pessoas”, disse o coordenador de Planejamento do Saae, Alexandre Palmeira. Também serão construídos aproximadamente 60 quilômetros de rede coletora, estações elevatórias, linhas de reclaque e ligações prediais. De acordo com o coordenador, é preciso da autorização da CEF para que o processo de licitação se inicie e a previsão é que a empresa seja definida até o dia 15 de dezembro. 

Segundo o engenheiro do Saae, Thiago Frauches, com os investimentos, o município salta de 2% do esgoto tratado para 97%, sendo que os outros 3% são referentes aos distritos, ou seja, às áreas rurais que possuem um sistema reduzido.

ETE ANO BOM

As obras da Estação de Tratamento de Esgoto do Ano Bom estão 67% concluídas. A unidade será responsável por tratar, em média, 50 litros de esgoto por segundo. A equipe do A VOZ DA CIDADE esteve no local acompanhada pelo engenheiro Thiago Frauches. Esclareceu como será realizado o processo de tratamento, que contará com duas estações elevatórias, que vão jogar todo o esgoto para o reator.

“O esgoto ainda bruto entra nos vertedores que distribuem a vazão para chegar aos reatores de forma igualitária. Do reator, o material vai para o filtro anaeróbico, que é um sistema orgânico, ou seja, não precisa de energia elétrica. Por fim, segue para o decantador de onde sai a água já tratada e pronta para uso”, explicou.

ETE SAINT-GOBAIN

Situada no Barbará, a estação será a maior ETE horizontal do Sul do Estado, com capacidade para tratar 200 litros de esgoto por segundo. Responsável por atender também aos bairros Vila Elmira, São Judas e ao Centro, a ETE Saint-Gobain é três vezes maior que a ETE Ano Bom, mas o processo de tratamento acontece da mesma forma.

 Com 55% das obras concluídas e com grande parte dos materiais já comprados, o engenheiro acredita que a construção será finalizada em uma média de dois anos. A nova unidade também vai gerar uma faixa de 15 empregos, segundo Frauches.

O assistente técnico de Administração do Saae, Eneias Pacheco Moreira, ressaltou que com o funcionamento das estações de tratamento, o valor do esgoto deve aumentar. “Atualmente, o contribuinte paga 60% sobre o valor da água referente à taxa de manutenção e não do esgoto em si, porque ainda não é tratado”, afirmou, acrescentando que o valor é fixo, independente do serviço realizado pelo Saae. “Não importa a quantidade de material que a gente usa na manutenção, o preço será o mesmo para o consumidor”, completou.

ETA NOVA

No dia 25 de agosto, o Secretário de Estado de Meio Ambiente, André Corrêa, esteve em Barra Mansa para entregar dois sistemas flutuantes de captação de água, além de um caminhão próprio para coleta seletiva.

A doação no valor de R$ 1,5 milhão, feita pela Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Agevap), representa um importante reforço no abastecimento de água do município. “Foram disponibilizadas duas bombas flutuantes de 350 litros por segundo, com o intuito de garantir a captação de água, mesmo durante período de seca”, frisou o coordenador Alexandre Palmeira.

Os equipamentos já estão na ETA Nova, mas ainda fora de funcionamento. Segundo Alexandre, estudos estão sendo realizados para avaliar a melhor forma de implantação, já que o novo sistema demanda um alto consumo de energia elétrica e pode ocasionar aumento na conta de água. Em tempos de crise hídrica e financeira, o Saae ainda não sabe exatamente o que fazer, mas a previsão é que o sistema seja adaptado em três meses.

O A VOZ DA CIDADE também foi ao local, próximo ao Parque da Cidade, conhecer o processo de tratamento de água e conversou com a gerente de Operação, Raquel Brasilina de Almeida. “O sistema atual está tendo dificuldade para captar a água do Rio Paraíba do Sul, devido ao baixo nível”, relatou a gerente.

A situação está tão complicada, que já é possível ver toda a tubulação que passa pelo Rio Paraíba. Raquel explicou que o captador, um grande recipiente envolvido por uma tela, recebe a água naturalmente e passa pela tubulação que joga o líquido ao poço. O problema é que essa tela do captador já está fora do rio, diminuindo a quantidade de água recebida e, consequentemente, o abastecimento. 

“Já existem duas bombas auxiliares que ajudam a bombear a água para os poços. Mas o sistema flutuante será a terceira e principal forma de captação, já que acompanha o nível do Rio Paraíba”, afirmou Raquel, destacando que o equipamento será instalado em local de maior profundidade para garantir o abastecimento. 

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