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Secretaria do Ambiente debate medidas para garantir a segurança hídrica no XI Congresso de Defesa do Meio Ambiente

Secretaria do Ambiente debate medidas para garantir a segurança hídrica no XI Congresso de Defesa do Meio Ambiente

Ações adotadas pelo Governo do Estado possibilitaram economia de mais de um bilhão de metros cúbicos nos reservatórios que abastecem o Rio

O XI Congresso Brasileiro de Defesa do Meio Ambiente, realizado pelo Clube de Engenharia, reuniu, nesta quarta-feira (24/6), especialistas e autoridades do setor ambiental para debater medidas de enfrentamento à crise hídrica no Estado do Rio. As ações adotadas pelo Governo do Estado do Rio durante a pior estiagem dos últimos 84 anos foram responsáveis pela economia de mais de um bilhão de metros cúbicos dos reservatórios que abastecem todo o estado.

O presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian, ressaltou a importância de se buscar iniciativas com foco na sustentabilidade e sem prejuízo no cumprimento de metas para o desenvolvimento da nação:

“São todas (intervenções) voltadas para os modelos de sustentabilidade. Entre elas estão o cuidado com a natureza e a convicção de que o progresso racionalmente planejado deve ser perseguido pelos engenheiros e pelas empresas de engenharia nacionais brasileiras.”

O subsecretário de Segurança Hídrica e Saneamento Ambiental, da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), Antônio da Hora, abriu a sessão de palestras informando à qualificada plateia as medidas adotadas, como campanhas para o uso consciente e outras obras nos sistemas de captação que possibilitaram uma significativa economia de água.

De acordo com o diretor-geral do Comitê Guandu, Júlio Cesar Oliveira, o resultado alcançado pelo governo só foi possível devido às adaptações realizadas nos sistemas, que captam água do Rio Paraíba do Sul, nos municípios de Sapucaia, São Fidelis e São João da Barra. Os recursos para essas obras são do fundo de recursos hídricos do Inea, utilizado para a gestão de bacias hidrográficas. O diretor-geral Júlio Oliveira ainda acrescentou que está prevista para o início de julho mais uma importante intervenção no sistema de captação do município de Barra do Piraí, na região sul fluminense.

Estas adaptações permitiram que a entrega de água no rio Paraíba do Sul, em Santa Cecília, diminuísse progressivamente de 190 m3/s de vazão mínima, em tempos normais, para uma vazão média de 139 m3/s, no regime de exceção que se iniciou em maio de 2014.

Além da adaptação desses sistemas, uma obra emergencial está sendo executada na Foz do Rio Guandu, desde março de 2014, para que as empresas Gerdau, TKCSA, Furnas e FCC, instaladas nas suas margens, possam utilizar a água do mar que invade o canal. A intervenção consiste na construção de uma soleira submersa que permitirá que as indústrias tenham uma janela de captação de água doce ampliada. Os recursos de R$ 18 milhões para realização dessa obra foi custeado pelas quatro empresas sediadas na região e a previsão é de que esteja pronta até julho.

Para o chefe da Divisão Técnica de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS), Jorge Paes Rios, é necessário se criar novas alternativas de barragens para abastecimento de água, como já existe no Estado de SP, e não somente utilizar as barragens de hidrelétricas como acontece no Rio.

Nesse sentido, o subsecretário da SEA, Antônio da Hora, explicou que a melhor solução encontrada -conforme indica o Plano Estadual de Recursos Hídricos - para regularizar a vazão do rio Guapiaçu e garantir a estabilidade do abastecimento de água de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Cachoeiras de Macacu é a construção da Barragem do Guapiaçu. A barragem seria responsável por atender mais de cinco milhões de habitantes. Contudo, o subsecretário reafirmou que nenhuma alternativa será executada sem antes se equacionar a questão social dos habitantes e produtores rurais da região de Cachoeiras de Macacu.

​“Teremos que usar reservatórios unicamente para o abastecimento. O reservatório do Guapiaçú foi a saída encontrada depois do estudo de outros quatro projetos. Como todo reservatório, que infelizmente hoje são demonizados por ambientalistas, o reservatório de Guapiaçu ajudará a regularizar a vazão de forma que, na chuva, haverá reserva e não haverá mais enchentes na região. Na estiagem teremos água para o Rio que está do lado de lá da Baía de Guanabara”, concluiu o subsecretário, para um plenário atento em debater propostas concretas.​

Também participaram do primeiro dia de atividades do congresso o presidente do CREA-RJ, Reynaldo Barros, o secretário Municipal de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz e o embaixador do Instituto Trata Brasil, Raul Pinho.

A programação do XI Congresso vai até sexta-feira (26/06) e inclui temas como universalização e investimentos em saneamento; planejamento, disponibilidade e usos múltiplos da água nas cidades; e conservação de recursos hídricos em regime de escassez, além da apresentação de trabalhos técnicos. Entre os participantes estão especialistas e pesquisadores de órgãos públicos, universidades e organizações não governamentais.

Fonte: Ascom SEA/Inea

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