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Limpa Rio: projeto leva desassoreamento às margens e leitos dos principais rios fluminenses

Limpa Rio: projeto leva desassoreamento às margens e leitos dos principais rios fluminenses

Rios, córregos, lagos e lagoas foram mapeados pelo INEA e passam por ação de recuperação ambiental

No Estado do Rio de Janeiro, a crescente urbanização, sobretudo das cidades que se desenvolvem às margens dos rios, traz para nós alguns desafios sobre como manter o equilíbrio entre a natureza, a ocupação do espaço urbano e a segurança das comunidades que ali vivem. Após as enchentes de 2011, na região serrana do Rio de Janeiro, tornou-se urgente um projeto que atuasse de forma preventiva para recuperar rios, lagos, córregos e demais corpos hídricos, mantendo-os livres de resíduos nas margens e nos leitos dos rios. Assim nasceu o Projeto Limpa Rio.

O Projeto Limpa Rio resguarda a população contra as cheias dos rios

O INEA realiza periodicamente o desassoreamento destes corpos hídricos em todo o Estado do Rio de Janeiro. Nos últimos anos, 72 cidades já foram alcançadas com este projeto, e cerca de 556 corpos hídricos, desassoreados.

Durante a operação, parte da vegetação dos rios eventualmente é retirada para que as máquinas cheguem ao local de limpeza. Após a retirada do lixo, areia e lama acumulados no leito, que prejudicam a vida destes corpos hídricos, passamos à etapa de recuperação das matas ciliares.

Para entender o impacto desta ação para a população local, nada melhor do que dar a palavra a quem está na ponta deste trabalho: o coordenador do Limpa Rio, Carlos Ramos.

“O secretário André Corrêa cobra a ação e, ao mesmo tempo, entende quais são os nossos desafios na implementação do projeto Limpa Rio para atendimento às demandas que recebemos dos municípios. Recentemente uma notícia, publicada no portal G1, responsabilizou indevidamente o INEA pela mortandade de peixes do Rio Macuco, em Cordeiro, por conta do baixo nível da água. Entretanto, sabemos que os rios fluminenses estão com o calado baixo pela falta de chuvas e, no caso de Cordeiro, conforme a máquina fez a remoção dos taludes para limpeza do rio, os peixes ficaram vulneráveis devido à pouca quantidade de água no leito, neste período de estiagem. O desassoreamento é fundamental para manutenção da vida destes peixes, e a recuperação do nível da água só será possível com o aumento das chuvas na região”, explica Carlos Ramos.

O Projeto Limpa Rio tem atuado em eventos de chuva que causaram danos à população do Estado do Rio de Janeiro, como Morro do Bumba, em Niterói; Teresópolis, Xerém, entre outros. E o desassoreamento dos rios, lagos e córregos é o nosso dever de casa antes do próximo período de chuvas, por isso intensificamos nossas operações.

O despejo de lixo é a causa número 1 de poluição e desequilíbrio ecológico nos rios, lagos e córregos

O processo de desassoreamento e tratamento das águas pode se tornar longo e custoso quando não contamos com o apoio da população. O acúmulo de lixo e matéria orgânica nas águas, além de causar danos a este ecossistema, como a mortandade de peixes e a proliferação de roedores, insetos e animais peçonhentos, ainda pode transmitir doenças às comunidades que ali vivem. Logo, retirar o excesso de lama e resíduos sólidos das margens e do leito dos corpos hídricos tem como finalidade diminuir o número de vetores (transmissores de doenças), além de evitar as cheias dos rios.

Veja as regiões contempladas pelas ações do Limpa Rio

O Projeto Limpa Rio tem abrangência estadual. Já foram contemplados os municípios de Miracema (Ribeirão Santo Antônio e Ribeirão do Bonito), Duas Barras (Rio Negro), Barra do Piraí (Rio Piraí), Cambuci (Valão Dantas), Bom Jardim (Rio Grande), Cachoeiras de Macacu (Rio do Mato), Valença - Conservatória e Pentagna (Rio Bonito), Santo Antônio de Pádua (Córrego do Ourives – Monte Alegre), São João Vale do Rio Preto (Córrego do Carvalho e Córrego Novo Centro), Carmo (Rio Paquequer), Teresópolis (Rio Bengalas), Cordeiro (Rio Macuco), Engenheiro Paulo de Frontin (Canal e Estação de Captação), Itaguaí (Canal Trapiche), Nova Friburgo (Rio Grande, Baixada Salinas), Rio das Flores (Rio Formoso), Duas Barras (Córrego do Baú), Campo dos Goytacazes (Canal das Flechas), apenas para citar alguns exemplos.

Com investimentos do Governo Estadual, com o Governador Pezão, reafirmamos o compromisso com os nossos corpos hídricos, sobretudo na região serrana, cujos rios podem representar riscos à população local em época de chuvas. Muito já foi alcançado com as obras do Rio Príncipe e Rio Paquequer, estas por meio do projeto Rios da Serra, reconhecidas entre as 100 melhores ações de gestão local pela Caixa Econômica Federal. Mesmo sabendo que ainda há muito no que avançar, nossa intenção é estender este benefício para muitas outras comunidades.

Sabemos que o acúmulo de lixo pode causar doenças, enchentes e ainda poluir o ecossistema no local onde você vive. E não queremos que isso aconteça. Para evitar, não há outra forma que não seja a conscientização. Lugar de lixo não é nas encostas, nas margens ou no leito dos rios. Dar o destino correto aos resíduos sólidos é, antes de tudo, ter respeito pelo próprio lugar onde você e sua família vivem, e por toda a comunidade. Por isso fazemos um apelo: ajude o INEA a cuidar das águas na sua região:

  • Procure a Prefeitura da sua cidade e por meio de um ofício solicite a inspeção do corpo hídrico a ser tratado
  • Busque auxílio na Associação de moradores mais próxima de você.
  • Se você presenciar descarte irregular de lixo, faça uma denúncia à Ouvidoria do INEA.

O Projeto Limpa Rio possui as máquinas necessárias para avançar em áreas de risco e técnicos capacitados para ajudar na remoção de material das encostas e leitos dos rios. Ajude a manter as nossas águas, nosso patrimônio natural, limpo e preservado.

Contamos com vocês.

Forte abraço,

Secretário André Corrêa

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