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Desmatamento da Mata Atlântica cai 24%

São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Goiás, Espírito Santo, Alagoas, Rio, Sergipe e Paraíba foram os estados que apresentaram desmatamentos menores do que 100 hectares

Novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica apontaram uma queda de 24% no desmatamento da região. Baseado na análise de imagens de satélites, o estudo registrou, no período de 2013 a 2014, desmatamento de 18.267 hectares (ha), ou 183 quilômetros quadrados (km²), nos 17 estados do bioma. O período de análise anterior (2012-2013) registrou 23.948 ha.

Dos 17 estados da Mata Atlântica, nove apresentaram desmatamentos menores do que 100 hectares, o equivalente a 1 km². São Paulo teve desmatamento de 61 hectares. Em seguida vem Rio Grande do Sul (40 ha), Pernambuco (32 ha), Goiás (25 ha), Espírito Santo (20 ha), Alagoas (14 ha), Rio de Janeiro (12 ha), Sergipe (10 ha) e Paraíba (6 ha).

Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, que em outras edições do Atlas já lideraram o ranking dos maiores desmatadores da Mata Atlântica, apresentaram melhores resultados no atual levantamento, mas ainda merecem atenção.

Quarto do ranking deste ano, o Paraná perdeu 921 ha de florestas nativas no período 2013-2014, queda de 57% em relação ao ano anterior, quando foram desmatados 2.126 ha. Os principais focos de desmate aconteceram na região centro-sul e também na divisa com Santa Catarina, quinto lugar no ranking, com 692 ha de áreas desmatadas.

Já Mato Grosso do Sul, importante produtor agrícola, ficou em sétimo lugar, com 527 ha desmatados.

Campeão de desmatamento

Nesta edição do estudo, Piauí foi o Estado campeão de desmatamento, com 5.626 ha. Um único município piauiense, Eliseu Martins, foi responsável por 23% do total dos desflorestamentos observados no período, com 4.287 ha. É o segundo ano consecutivo em que o Atlas observa padrão de desmatamento nos municípios ao sul do Piauí. No período anterior, entre 2012 e 2013, foram desmatados 6.633 ha em municípios da mesma região, com destaque para Manoel Emídio (3.164 ha) e Alvorada do Gurguéia (2.460 ha).

Para a diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota, coordenadora do Atlas pela organização, esses dados são importantes para reforçar o debate sobre a proteção da Mata Atlântica no Piauí. "Essa é uma importante região de fronteira agrícola e uma área de transição entre a Mata Atlântica, o Cerrado e a Caatinga, o que acende discussões sobre seu grau de proteção. No entanto, são áreas incluídas no Mapa de Aplicação da Lei da Mata Atlântica (Lei nº 11.428/06), que protege seus ecossistemas associados e deve ser cumprida".

No oeste da Bahia está o segundo município com maior registro de desmatamento no período – Baianópolis, com 1.522 ha. Com 4.672 ha desmatados, a Bahia foi o terceiro Estado que mais desmatou o bioma entre 2013 e 2014. Apesar da posição de segundo Estado que mais desmatou a floresta entre 2013-2014, com 5.608 ha, Minas Gerais reduziu em 34% o desmatamento se comparado ao período anterior.

Mangue e Restinga

No período de 2013 a 2014 não foi identificada, pela escala adotada, supressão da vegetação de mangue. Na Mata Atlântica as áreas de manguezais correspondem a 231.051 ha.

Bahia (62.638 ha), Paraná (33.403 ha), São Paulo (25.891 ha) e Sergipe (22.959 ha) são os Estados que possuem as maiores extensões de mangue.

Já a supressão de vegetação de restinga foi de 309 ha. O maior desmatamento ocorreu no Ceará, com 193 ha, seguido do Piauí (47 ha), Paraíba (29 ha), São Paulo (28 ha), Bahia (6 ha) e Paraná (6 ha).
A vegetação de restinga na Mata Atlântica equivale a 641.284 ha. São Paulo possui a maior extensão (206.698 ha), seguido do Paraná (99.876 ha) e Santa Catarina (76.016 ha).

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