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Inea participa de mutirão de limpeza no Rio Carioca

Inea participa de mutirão de limpeza no Rio Carioca

Caminhada aconteceu na Ladeira dos Guararapes com a participação de moradores e contadores de história

O Rio Carioca, que batiza os moradores da cidade, ganhou uma força-tarefa para a limpeza do lixo que polui suas águas. Um mutirão de limpeza formado por crianças, moradores e voluntários coletou cerca de vinte sacos de lixo, três fogões e uma televisão das margens do rio e vielas da comunidade dos Guararapes, no Cosme Velho.

Durante a ação, panfletos foram distribuídos de porta em porta com o objetivo de mobilizar a comunidade para o descarte correto do lixo e, assim, garantir a manutenção do trabalho de limpeza feito pela Comlurb, por um mês, no leito do rio.

A coordenadora de campanhas educativas do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), Rosane Botelho, disse que que foi elaborado um diagnóstico socioambiental para comunidade que indicou o problema do descarte de lixo recorrente, no Carioca.

“Já houve algumas ações de limpeza e percebeu-se que os moradores, apesar de participarem das atividades promovidas, alguns continuavam a jogar lixo pra dentro do rio. Então, nos distribuímos panfletos educativos de casa em casa. Esse mutirão também será feito nas comunidades do Cerro Corá e Vila Cândido, em julho e agosto. E como acontece uma grande movimentação de ratos quando o lixo é remexido, vamos realizar a desratização nessas comunidades, assim como foi feito aqui no Guararapes”, afirmou a coordenadora de educação ambiental.

O projeto "Carioca, tá limpo?" foi organizado pelo Rio Solidário com o apoio da Associação de Moradores dos Guararapes, Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Rio+Social e ONU. A iniciativa socioambiental contou com a participação de contadores de história da Unicarioca, que motivaram as crianças voluntárias na ação.

O morador Anderson Ferreira, de 11 anos, levou a sério a tarefa de coletar lixo com seus amigos e ver quem enchia o saco primeiro “é trabalho limpar e falar pra não jogarem lixo no chão para preservar o meio ambiente”.

No pontos de coleta, voluntários ensinavam como fazer a separação e acondicionamento do lixo. A ideia é aprimorar a ação de uma cooperativa local que, atualmente, apenas comercializa o lixo coletado de outros bairros do Rio de Janeiro.

O presidente da Associação de Moradores de Guararapes, Eduardo Silva, “Seu Duca”, ressaltou a importância da ação para o benefício da comunidade e se mostrou esperançoso que a ação garanta a manutenção do trabalho de remoção de lixo que a Comlurb realizou no leito do rio por um mês.

A coordenadora do Inea Rosane Botelho explicou que outra solicitação dos moradores é quanto à questão de saneamento básico “a comunidade tem uma rede coletora muito antiga, com furos, e, por isso, o esgoto das casas vai parar no rio”.

Apesar da gestão do Rio Carioca ser uma atribuição municipal, a denúncia de abandono do rio, realizada em fevereiro, sensibilizou  o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, que visitou a localidade e se reuniu com representantes da Cedae e Rio Águas para articular um diagnóstico ambiental para o rio. No momento, estão sendo realizados estudos técnicos visando a elaboração de um projeto que traga melhorias para a rede de esgoto da região.

O projeto “Carioca, tá limpo?” surgiu após a visita da presidente do RioSolidario e primeira-dama do Estado, Maria Lucia Horta Jardim, à comunidade do Cerro-Corá. Depois de conhecer a realidade do Carioca, ela solicitou a formação de um grupo de trabalho com representantes da Secretaria de Estado do Ambiente e Inea, do Rio+Social, do Lixo Zero, da Associação de Moradores de Santa Teresa e Cosme Velho, do Movimento Rio do Rio, Comlurb, Sesi/Firjan e alguns voluntários para realizar uma ação que beneficiasse os moradores.

O Rio Carioca corta as comunidades Cerro-Corá, Vila Cândido e Guararapes e os bairros do Cosme Velho, Laranjeiras e Flamengo, com 7,1 quilômetros de extensão. Apenas a nascente, dentro da Floresta da Tijuca, permanece preservada. O rio foi a principal fonte de água potável do município até o fim do século 19. Hoje, no entanto, suas águas, soterradas pela urbanização, estão poluídas até desembocar no mar, na praia do Flamengo.

Ascom SEA/INEA

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