A ideia é aumentar o diálogo entre a Sea e quem está na ponta do projeto
Ampliar a geração de renda a partir do desenvolvimento sustentável e da inclusão social, por meio de uma parceria eficiente com as cooperativas de reciclagem fluminenses. Esse é o objetivo da nova gestão do Programa de Reaproveitamento de Óleos Vegetais (PROVE), da Secretaria do Ambiente (Sea), que realizou hoje (27/8), no auditório da Sea/Inea, reunião com representantes das associações para apresentar os novos rumos.
O subsecretário de Articulação Institucional, Fábio Lins, enfatizou a necessidade de ir além da continuidade: é preciso melhorar a organização do programa. E isto não será alcançado apenas com as ações internas à secretaria, com a intercomunicação entre os vários projetos. É preciso olhar para fora. "Para isso, é necessário, além de aumentar o treinamento dos colaboradores, acontecer a troca de experiências entre o poder público e as associações", afirmou Lins.
Durante a reunião, foi entregue uma ficha de diagnóstico, na qual os cooperados puderam atualizar informações, além de sugerir mudanças e novas ações. O diálogo é uma importante ferramenta para estender a cobertura do programa pelo Estado. "A ideia é dar continuidade ao que está sendo feito e somar, melhorar. Queremos também entender melhor os problemas das cooperativas", complementou o coordenador do PROVE, Daniel Fabrício.
A intenção da nova gestão é incorporar efetivamente nos projetos da Sea/Inea o conceito de economia solidária, uma forma inovadora e alternativa de geração de trabalho através da inclusão, do comércio justo e do consumo consciente. Para isso, é preciso incrementar a capacidade do Estado em chegar a mais cooperativas e capacitá-las nesse sentido. Assim, ganha a população e ganha o meio ambiente "A gente quer melhores condições na parceria com vocês, otimizar o uso dos recursos públicos e ampliar o alcance dos projetos pelo Rio de Janeiro", resumiu Ricardo Alves, um dos coordenadores de projetos socioambientais do Inea.
Criado em 2008, o PROVE ajuda a diminuir o despejo de óleo de cozinha nos corpos hídricos evitando a poluição e degradação ambiental. Grande parte do óleo vegetal é despejada em ralos, contaminando o lixo comum e comprometendo as tubulações dos edifícios e das redes de tratamento de esgoto. Nas regiões onde não há rede coletora, o óleo vai diretamente para os rios e lagoas, aumentando significativamente a poluição e a degradação ambiental. Essa prática acarreta prejuízos à população, às concessionárias de saneamento e aos governos.