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Secretaria do Ambiente combate à pesca predatória de sardinha e pescado apreendido é doado para pinguins resgatados em praias cariocas

Secretaria do Ambiente combate à pesca predatória de sardinha e pescado apreendido é doado para pinguins resgatados em praias cariocas

Operação realizada na Baía de Guanabara, na época de defeso, deteve 3 pessoas em flagrante e apreendeu 150 quilos de sardinha que serviram de alimento para piguins em reabilitação na faculdade Estácio de Sá

Numa iniciativa inédita, a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) realizou a doação de 150 quilos de sardinha, apreendida em operação, à piguins debilitados que passam por reabilitação, em Vargem Pequena, Zona Oeste. A operação de combate à pesca predatória de sardinha, realizada na madrugada desta quinta-feira (9/7), flagrou três homens comercializando o pescado ilegal nas imediações do Mercado São Pedro, em Niterói.

A blitz ambiental conjunta da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da SEA, com a Polícia Militar Ambiental, pretendia, inicialmente,  fiscalizar em alto mar o cumprimento do período de defeso, mas como o mar estava agitado os agentes decidiram seguir para o mercado de peixe de Niterói, onde foi flagrado o venda ilegal do pescado.

Juscelino da Silva (56 anos), Jorge Ribeiro (62) e Oswaldo Carlos da Silva Menezes (63) foram detidos em flagrante comercializando 150 quilos de sardinha. Todo o pescado está sendo doado para a universidade de veterinária Estácio de Sá. A faculdade é o único centro de reabilitacão do estado apto a receber pinguins resgatados nas praias do Rio de Janeiro, recebendo cerca de 1600 animais por ano.

Segundo o coordenador da Cicca, coronel José Maurício Padrone, os pinguins aparecem nas praias do Rio de Janeiro bastante debilitados, passam fome pelo caminho, chegam muito magros, hipotérmicos e desidratados. “Durante o processo de recuperação, eles comem muito, cerca de 1 quilo por dia e é fundamental que o peixe utilizado na alimentação seja muito rico em gordura, como é o caso da sardinha”, explicou Padrone.

De acordo com o coordenador do Centro de Reabilitação da Estácio de Sá, Jeferson Pires, são resgatados entre 300 e 600 piguins por ano nas praias do Rio de Janeiro e cerca de 50% já chegam muito fracos e não sobrevivem. De julho à setembro, os pinguins saem da Patagônia Argentina ainda muito jovens.

“Desde junho, a gente já recebeu cerca de 30 animais. Eles chegam muito debilitados, com a metade do peso, após correr uma maratona sem comer direito. Eles pegam a corrente das Malvinas, que sobe, e encontram a corrente do Brasil, que desce. Quando a corrente das Malvinas ganha força, esse animais jovens, que são menos experientes, acabam indo pela corrente e chegam aqui na costa do Rio até o Espírito Santo”, disse o responsável pela reabilitação dos simpáticos animais.

O coordenador Jeferson Pires explicou que, quando os animais chegam ao centro, eles passam por uma primeira fase de recuperação, que consite em realizar o aquecimento e hidratatação e recuperar lesões musuculares e gastrites, por exemplo. Na segunda fase do engorda eles ganham peso e impermeabilização para, posteriormente, serem encaminhados à Marinha que tem a missão de retorná-los ao alto-mar. A soltura é realizada quando a corrente do Brasil ganha força o suficiente para direcionar os animais para o sul.

Os criminosos foram encaminhados a 76 ª DP (Niteroi) e estão sendo autuados em flagrante e a pena de detenção pode variar de 1 a 3 anos, além da multa de 700 reais reais, com acréscimo de 10 reais por quilo de pescado apreendido.

O período de defeso da sardinha (sardinella brasiliensis) na Região sudeste é dividido em dois períodos. No inverno, vai de 15 de junho a 31 de julho. O objetivo é permitir a reprodução da espécie. Já durante o verão, o defeso vai de 1º de novembro a 15 de fevereiro, e é feito para possibilitar o crescimento do pescado até o tamanho ideal para a pesca.

Fonte: Ascom SEA/Inea

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