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Trabalho realizado em unidades de conservação deixa nosso Estado mais perto do desmatamento ilegal zero

Trabalho realizado em unidades de conservação deixa nosso Estado mais perto do desmatamento ilegal zero

Criação e revitalização de áreas como parques estaduais ajudam a preservar cobertura vegetal e espécies nativas da Mata Atlântica

Amigos, o Rio de Janeiro já apresenta alguns dos melhores índices de preservação de Mata Atlântica no país. Estamos perto de alcançar a meta de desmatamento ilegal zero, que é um dos compromissos que assumi junto aos demais secretários estaduais de meio ambiente.

Recentemente, conseguimos identificar que o Rio ainda tem 30% do seu estado de cobertura. Isso foi possível por meio do lançamento do projeto Olho Verde, um monitoramento permanente via satélite da cobertura vegetal do Estado, que atualmente opera em fase piloto, mas já oferece dados com precisão e ganhou destaque recentemete na coluna do Ancelmo Góes, do Jornal O Globo, como uma das iniciativas de proteção ao verde no Estado.

Até 2018, temos o plano de aumentar ainda mais a nossa cobertura florestal e posso dizer que o ano de 2016 começou bem nesse sentido. Em janeiro, o Rio ganhou a sua primeira Floresta Estadual, em Trajano de Moraes, na Região Serrana. A Floresta José Zago é a primeira unidade de conservação do tipo no Estado.

Acredito que investir na criação e revitalização das unidades de conservação seja um dos principais caminhos para recuperar as áreas de Mata Atlântica e preservar as espécies de fauna e flora que nela vivem – muitas delas ameaçadas de extinção. Dessa forma, conservamos também a qualidade dos solos e das águas que abastecem a população fluminense.

No final de junho foi inaugurada a primeira etapa de obras no Parque Fluvial de Pinheiral, que fica às margens do Rio Paraíba do Sul. Vivemos a pior crise hídrica do Estado e o parque fluvial é uma forma de preservar esse recurso fundamental para o nosso abastecimento. Além disso, no local são oferecidas opções de lazer e é realizado no entorno o plantio de árvores nativas da mata atlântica, o que ajuda a evitar enchentes.

Outra ação importante para a restauração florestal e recuperação dos rios e nascentes foi a criação de mais uma unidade do Refúgio da Vida Silvestre, também nas margens do Paraíba do Sul. Trata-se de um dos três maiores refúgios de todo o bioma de Mata Atlântica, onde são protegidas espécies raras e ameaçadas de extinção.

Tivemos outros importantes marcos do trabalho nas unidades de conservação, como a criação e revitalização dos parques. Ao investir nessas áreas, além de preservar o meio ambiente também se gera mais emprego e qualidade de vida à população.

Com a implantação desses projetos, capacitamos diversos profissionais de meio ambiente e moradores locais. Na inauguração da sede do Parque Estadual Cunhambebe, por exemplo, foram treinados 24 moradores de Mangaratiba para serem condutores de visitantes.

Revitalização dos parques: destaque na agenda de conservação do Estado

Diversos parques fluminenses passam por um processo de renovação. Um exemplo é o Parque Estadual Três Picos, que em breve ganhará uma nova sede em Teresópolis – o parque já tem sede em Cachoeiras em Macacu, um núcleo de montanha em Nova Friburgo e um operacional em Guapimirim. A construção da unidade segue conceitos de arquitetura sustentável como aproveitamento da energia solar e captação da água da chuva.

O chefe do parque, Ricardo Raposo, nos contou que a expectativa no município é grande: "Acho que a coragem e vocação do secretário André Corrêa de tirar as ideias do papel ajudaram e graças a Deus culminaram na realização de um grande complexo de visitação turística. Será um grande avanço para a região, em todos os sentidos”.

Outra destaque é a conclusão do plano para ampliação do Parque Estadual da Serra da Concórdia (PESC), no distrito de Barão de Juparanã, em Valença. A proposta é organizar a sede administrativa e oferecer área para camping, visitação permanente, cantina e trilha ecológica. No início do ano o parque comemorou 13 anos de existência com uma pedalada ecológica, oficinas de artesanato e apresentação de dança.

Junto com esses projetos, está o trabalho de sinalização e orientação nas trilhas, para melhorar as condições de acesso e preservar a segurança no local. Desde o início do ano, profissionais do Parque Estadual do Desengano (PED) – que abrange partes dos municípios de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos dos Goytacazes – realizam o manejo e a sinalização das trilhas do parque e do entorno.

Além disso, em junho, o Parque da Serra da Tiririca, na Região Oceânica de Niterói, ganhou um guia com informações sobre as 15 trilhas existentes no local. Além de não se perder, o visitante pode se informar sobre o nível de dificuldade de cada uma e conferir os atrativos da região, como o Costão de Itacoatiara.

Para agregar no trabalho de orientação nas trilhas, os parques do Rio passaram a contar com um equipamento francês chamado “Eco-Contador”, que contabiliza e controla o número de visitantes por meio de um sensor. O Rio de Janeiro é o primeiro Estado da América Latina a usar essa tecnologia.

Aproveito para destacar ainda outras iniciativas realizadas no ano passado que envolvem a criação e revitalização dos parques, como:

  • Inauguração da sede do Parque Estadual Cunhambebe (PEC), em Mangaratiba;
  • Inauguração do Espaço de Turismo e Meio Ambiente e sede administrativa do Parque Estadual da Pedra Selada (PEPS), em Visconde de Mauá.

Esse ano, os parques já foram cenários de diversas ações de conscientização ambiental como plantação de mudas e mutirão de limpezas, além de programações culturais e até mesmo campeonatos esportivos. Para incentivar a visita, criamos um guia com os principais parques para conhecer no Rio de Janeiro. Confira!

Preservação das espécies nativas da Mata Atlântica no Rio de Janeiro

Por preservarem a biodiversidade, as unidades de conservação ajudam a proteger exemplares raros da fauna e da flora existentes na Mata Atlântica, muitos deles ameaçados de extinção. As obras do Parque Fluvial de Pinheiral, por exemplo, colaboram na preservação do cágado-da-paraíba, uma das mais de 250 espécies ameaçadas de extinção no Rio de Janeiro.

Nesse aspecto, destaco também a importante atuação dos guarda-parques no monitoramento das trilhas, o que contribui para reprimir crimes ambientais, inibir atividades ilegais como a caça e promover o acompanhamento do ecossistema local.

Em março, mais de 100 espécies de aves próprias da Mata Atlântica foram observadas por esses profissionais no Parque Estadual do Desengano, em uma operação que compreendeu sete quilômetros de trilhas na região. No mês anterior, a equipe já havia realizado um monitoramento em 17 quilômetros do parque.

Ainda no mês de março mais de 60 pessoas participaram do projeto Vem Passarinhar, no Parque Estadual da Pedra Branca, na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro. Foram avistadas mais de 80 espécies de aves, algumas delas raras, como a ariramba-de-cauda-ruiva.

No início do ano também acompanhamos um monitoramento inédito no Parque Estadual da Ilha Grande: a eclosão de ovos da espécie de tartaruga cabeçuda (Caretta Caretta). A operação acompanhada pelo Inea contou com a ajuda do Projeto Promontar, que dede 2008 atua na preservação de tartarugas marinhas.

Quer saber mais sobre as espécies de animais ameaçadas de extinção no Rio de Janeiro? Conheça o projeto Abrace Essas Dez e participe dessa causa.

Quem conhece o meu trabalho sabe que uma das minhas principais bandeiras é a preservação da Mata Atlântica, por ser de alta importância para a garantia da biodiversidade do nosso Estado. Ainda há muito a ser feito e acredito que o trabalho nas unidades de conservação é um importante fator para combater o desmatamento e gerar mais recursos para a preservação das nossas áreas florestais.

Deixo aqui o meu convite para que todos visitem mais os parques e participem das atividades!

Grande abraço,

André Corrêa

 

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